No último artigo do blog da Systêxtil falamos sobre a Revolução Industrial – quando os insumos baratos eram os de energia – e sobre a Sociedade da Informação – tendo os dados como a principal mercadoria. Mas uma nova Era chega a todo o vapor, com mudanças profundas principalmente na esfera fabril: é a Indústria 4.0.
Indústria 4.0 é uma expressão para a quarta revolução industrial. Cronologicamente, a primeira revolução industrial mecanizou a produção utilizando água e energia a vapor. A segunda, introduziu a produção em massa com o auxílio da energia elétrica. A terceira revolução, por sua vez, inseriu a informatização nas tarefas mecânicas e repetitivas da produção.
A Quarta Revolução ou “Indústria 4.0” originou-se em meados de 2012, a partir de um projeto estratégico do Governo Federal Alemão, que almejava mudar a maneira das fábricas operarem. Além disso, o conceito se baseia na descentralização e integração de processos a partir do uso da automação, big data, internet das coisas, wi-fi e outras tecnologias.
Entre os princípios apresentados no projeto Alemão estavam a habilidade dos sistemas ciber-físicos estarem presentes nas “Fábricas Inteligentes” e se comunicarem por meio da Internet e da Computação em Nuvem, bem como tomarem decisões sem a intervenção humana; capacidade de coletar e analisar dados em tempo real, entregando conhecimento; e adaptações flexíveis.
Pode-se observar que na Indústria 4.0 as transformações não são só técnicas, mas organizacionais e administrativas. Um estudo, realizado pela empresa de serviços americana Deloitt, revela que essa nova Era compreende, principalmente, quatro pilares: estratégia; tecnologia; talentos e força de trabalho; e impacto social.
A Quarta Revolução Industrial resulta na configuração de novos modelos de negócio, pedindo planejamento e investimento de longo prazo. É um novo parâmetro que se apresenta como caminho natural para aumentar a competitividade do mercado por meio das tecnologias digitais.
Até então, essa visão é pouco difundida no Brasil, que ainda está se familiarizando com a digitalização e sofre com o atraso tecnológico. Reconhecendo a importância da evolução desse tema, o Governo Brasileiro recentemente lançou a “Agenda Brazil para a Indústria 4.0”, que refere-se a um conjunto de iniciativas para promover o desenvolvimento da Indústria 4.0 no país.
Segundo levantamento da ABDI – Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial – a migração da indústria nacional para a quarta revolução estima uma redução de custos industriais no país de, no mínimo, R$ 73 bilhões por ano. Essa economia envolve redução nos gastos com manutenção de máquinas e energia, além de ganhos de eficiência.
É um desafio real para líderes governamentais não só do Brasil como do mundo inteiro. Para acompanhar a Indústria 4.0 e suas transformações, faz-se importante uma visão otimista das mudanças, conhecimento e confiança nos novos tempos, nas novas tecnologias e nas novas relações – pessoais, profissionais e organizacionais. Os modelos de negócios legados ficaram nas revoluções passadas e aqueles que adotarem com sinergia o novo mercado ambientado pelas tecnologias vão ampliar suas oportunidades concretas de sucesso.
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