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Os primeiros resquícios do que viria a se tornar a peça mais popular da moda, o jeans, surgiu ainda no século 19, na França. O denim – um tecido robusto e durável – era denominado a matéria-prima da peça que, durante a revolução francesa, em meio aos discursos de “Igualdade, Fraternidade e Liberdade", o ‘homem comum’ utilizava para se aproximar dos homens nobres, pois o tecido se assemelhava aos tecidos nobres mas era mais barato.
Mas o jeans, na verdade, teve seus primeiros e definitivos passos nos Estados Unidos, por meio de Jacob Davis, um alfaiate americano que viu, de imediato, as possibilidades do denim francês auxiliar o duro trabalho dos mineradores da região. Uma de suas invenções para atender à classe foi fixar pequenos rebites de metal nas bordas dos bolsos das calças, tornando-os mais firmes para o armazenamento imediato de ferramentas ou dos ouros encontrados. Outra grande inovação de Davis foram os zíperes nas calças jeans, que permitiam aos mineradores urinar sem a necessidade de descer toda a calça.
Foi então que, na data de 1873, sob a patente de número de 139.121, Levi Strauss e Jacob Davis inauguraram o jeans nos Estados Unidos e em todo o mundo. Porém, apenas 80 anos depois, o jeans passou de uma cultura trabalhadora e operária para a cultura da moda. Na década de 60, com as celebridades, o público jovem e os "rebeldes", além do movimento hippie e festivais como WoodStock revolucionando os costumes da sociedade, o jeans tornou-se popular e acessível.
Apenas em 1950, quando o ator americano James Dean, o “Rebelde sem Causa”, passou a adotar as calças jeans como vestimenta, a peça se tornou popular.
A história do jeans ainda conta com diversos pormenores sobre os povos e culturas que utilizavam os primeiros modelos da peça. No Brasil, até então um país denominado tupiniquim, a cultura do jeans teve relação com as mudanças do comportamento político influenciadas pelo regime militar de 1964. Mas o jeans brasileiro, produzido por marcas nacionais, ficou reconhecido principalmente em razão da cintura baixa. Outro costume comum, da época, era lavar o jeans com tijolo, afim de deixá-lo com aspecto de ‘gasto’.
A história do Jeans ajuda a entender um pouco da evolução industrial, cultural, econômica e social do mundo. O Jeans é e sempre será a peça mais versátil e democrática da moda, obrigatória em qualquer guarda-roupa feminino ou masculino - e também em todas as coleções. Afinal, como cantou a campanha do jeans Us Top anos 70, “Liberdade, é uma calça velha, azul e desbotada, que você pode usar do jeito que quiser. Não usa quem não quer!”
E aí, já vestiu seu jeans hoje?
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